Sou...

A minha foto
Zürich, Zürich, Switzerland
Irrequieta. Curiosa. Criativa. Apaixonada. Versátil. Nasci quando as estrelas se juntaram para me ditarem no destino a Arte. Deveria estar frio... mas eu não me lembro. Escrevo desde que aprendi a fazê-lo. Umas vezes para me divertir, outras por desafio a mim mesma, outras porque as mãos me suam, implorando que o faça. Talvez um dia dê ouvidos aos meus amigos e faça por escrever um livro e o publique. Os textos e fotografias deste blog são da minha autoria, salvo aqueles que estão assinalados em contrário.

Postal de Natal


Para todos os que vêm visitar o blog... Um feliz Natal, que é como quem diz, um feliz solestício... Sorrisos e Luz :D

M de Mar


"Deixa tocar-te a pele
Ler nos poros tudo o que és
Como numa folha de papel
Onde crias tudo o que não ves

Deixa entrelaçar os dedos
Nos teus cabelos de querubim
Desvendar os teus segredos
Saber se és igual a mim

Quem és tu, de onde vens?
Tens duas asas como eu
Tens corpo e alma
E também tens encontro marcado no céu

Deixa beijar-te a boca
A casa onde a tua lingua poisa
Pra saber se esta coisa louca
Nos sabe aos dois à mesma coisa

Quem és tu, de onde vens?
Tens duas asas como eu
Tens corpo e alma
E também tens encontro marcado no céu"

Pequenas verdades...numa música que diz tudo :):):)

Noites...

As velas acesas, o incenso que queima lentamente,a música envolvente que toca, a garrafa de vinho aberta, dois copos que esperam a tua chegada...


Noite após noite, o mesmo ritual...

Noite após noite...espero-te...



E tu... não voltas. Já não me abres os braços onde descansei dos dias de trabalho pesado. Já não sorris, quando o desejo espreita... O cheiro, o teu cheiro, que antes deixavas no meu corpo, nos lençóis, na almofada. O teu cheiro a framboesa, mel e bolacha... começa a desaparecer. Não apenas do quarto, mas também da memória olfactiva...



Brindo aos momentos que não quero deixar partir, deixo-me levar pelo sabor do vinho que me desperta, apenas para doer um pouco mais a tua ausência...



Noites de Inverno são demasiado frias e longas... quando não estás aqui...

Insónias

Assaltaste-me o sono esta madrugada e eu não consegui voltar a pregar olho... Podia ter pegado no telemóvel e marcado o teu n°... podia ter saído da cama e vir escrever... mas não fiz nada. Deixei-me ficar deitada, de olhos abertos, a pensar em ti e a imaginar-te acordado, inquieto, com insónias talvez...



Sei que um dia vais ficar a ler para mim, até eu adormecer. Pablo Neruda... em italiano, talvez, para que eu perceba apenas o suficiente, para ser embalada pela tua voz e não pelas palavras.



Sei que um dia... um dia... vais chegar...

Nada

Um quarto vazio


Silêncio

Frio

Escuro...



Ausência

Mortalha

Apneia



E é isso a solidão

Memórias

Ainda me assalta a recordação do que se passou há sensívelmente um ano atrás.


Uma noite fresca de finais de Setembro. O Lago. Galhofa. Disparates. Amigos...

Ela aproximou-se a cambalear e deixou-se cair na relva a uns 50 metros de nós. Ninguém riu e eu aproximei-me. Esperava o cheiro que me provoca náuseas. Mas ele não existia... Havia sim uma mulher que carregava a tristeza de um mundo inteiro em cima. Uma tristeza tão pesada, que não lhe permitia segurança nos seus passos.

Fiquei a conversar com ela, de mãos dadas. Tinha as mãos frias. Mas eram macias e grandes e carinhosas. Uma mulher bem vestida, mãe, esposa, amigos ricos, uma posição social invejada por muitos. Tinha vindo para a Suiça com o marido, porque ele tinha um cargo elevado num banco, e isso fazia com que eles tivessem que mudar de país com alguma frequência.

Quem não quer uma vida a viajar? Quem não quer compras, carros, joias, jantares?

Ela tinha tudo o que o dinheiro pode proporciar e eu vi muito poucas pessoas que se sentissem assim tão infelizes...

Queria criar os filhos sem ter que andar sempre a mudar de casa. Queria estabilidade. Queria um marido presente, com menos jantares de negócios e menos fins de semana a trabalhar. Ela queria um abraço e ser amada e amar...
Muitas vezes somos iludidos pela ideia de que ter muito dinheiro nos trás mais do que o que temos. Por vezes tornamo-nos é escravos. Escravos do trabalho, do metal, do tempo, de nós mesmos e da nossa febre consumista. Esquecemo-nos fácilmente de viver, quando o papel se torna o centro das nossas vidas. Tornamo-nos menos produtivos, menos criativos, menos sorridentes, mais sombrios, mais insatisfeitos e infelizes.

Não me voltei a cruzar com ela, depois de me ter agradecido os minutos que ficámos na conversa e de cada uma de nós ter continuado na sua vida. Eu voltei para a beira dos meus amigos, mas depois daquela noite, muita coisa mudou na minha forma de pensar. Foi uma noite que me marcou e marca. E ainda hoje me pergunto o que será feito da mulher de mãos frias e macias, que carregava a tristeza com ela...

Almofada de Penas

Não consigo dormir. A urgência das palavras e as mãos suadas impedem-me de fechar os olhos.Olho para ti, para o rosto sereno poisado na almofada. Para o corpo nú,enrolado sobre si, aninhado no sonho, debaixo do lençol. Depois de saciados, depois de sossegado o desejo, depois dos beijos, do suor, dos orgasmos, depois do teu adormecer... os meus fantasmas.


Paralizo entre a dúvida de te deixar no teu embalo tranquilo e o medo do acordar de manhã, deitada ao teu lado.

Rezo para que não acordes agora, enquanto descanço os meus olhos em ti. Ser apanhada a prescutar o teu mundo, seria como uma ladra ser apanhada a roubar o diamante mais precioso.

Rezo para que hoje o teu sono não seja interrompido porque tens que pegar no bloco e na esferográfica.

Rezo para que este momento possa durar um pouco mais.

Rezo...

Logo eu que não sou de rezar. Logo eu que me obriguei a esqueçer as orações que me ensinaram em criança... Eu, que por querer romper com as imposições, ordenei silêncio ao Anjo da Guarda e fechei à chave todas as recordações de datas importantes.

A religião... Foi-nos imposta para que tivessemos em que acreditar. Foi um acto de piedade, para que tivessemos onde nos refugiar, para que não nos sentissemos vazios. O problema disto tudo é que se esqueceram de nos avisar que o fruto proibido era aprender a pensar. As consequências de descobrir as mentiras não conseguem ser remediadas com bussulas.

Rezo para que não acordes... Não saberia o que dizer, porque agora estou vazia de palavras e o sono espreita.

E é então que tu te mexes, me olhas e sorris. Chamas-me para ti. Abres as asas e eu aconchego-me no teu abraço. Beijas-me a nuca despida de cabelos e deixas escapar um: Gosto de ti, tolinha. Bons sonhos...

A vida dos outros

Profissão: Mediadora

Afinal quem te incumbiu a ti de desempenhar o papel de deus do destino de quem se sente infeliz?
Não sentes culpa por ensinares as pessoas a calar a dor e omitir sentimentos?
Como consegues ensinar-lhes a submissão, a cobardia, uma vida sem sobressaltos a troco de um sofá confortável e vermelho?
Como é possível darem-te dinheiro porque lhes ordenas que calem a raiva, que se anulem em nome dos velhos hábitos?
Porque lavas cérebros e roubas a coragem de quem um dia soube gritar?


Pôr do sol

Se eu não souber interpretar
as tuas
entrelinhas
trocadilhos
hipérboles
meias palavras
silêncios
eufemismos
ausências
verdades em forma de mentiras
e
mentiras escondidas em verdades...


Se eu não souber ser
nem barco
nem farol
nem mar
nem tempestade
nem ave
nem porto de abrigo
nem paz
nem coisa alguma...


Se tudo o que sinto for apenas um erro do coração
Terei, enquanto os meus olhos não se fecharem
Um sol que beija todos os dias o horizonte
e se recolhe para que a noite
me suavize a dor que já não sei chorar...

Viagens

8 e meia da manhã e as portas do comboio continuam abertas à espera dos passageiros que correm e chegam segundos antes do apito mandar seguir viagem. Estou no meio deles, vejo-os a passar e a fazerem contorcionismos para me ultrapassarem e não irem de encontro a uma coluna. Não corro porque continuo dividida entra a vontade de ir ter contigo e a teimosia de não dar o braço a torcer. Sei de cor as linhas e as paisagens… Sei de cor os minutos que me deixam cada vez mais perto de ti…


Não vou quebrar!

As cores iluminadas pelo pôr do sol são mais nítidas...

O ar quando inspirado conscientemente tem cheiro...

As distrações custam caro, mas eu...

Não vou quebrar!

Vou dizer-te sempre o oposto do que sinto

E não vou quebrar...

Mas acabo por entrar. Por coincidência(ou não), fui reconhecida e esperaram por mim. Caminhei até à carruagem onde não é permitido conversar ou fazer barulho, apenas porque queria ficar em silêncio. Uma parte de mim não queria entrar ali. As pernas tinham vida própria e tinham-me conduzido até ali. Queria levantar-me e puxar o travão de emergência, correr de volta para o local que eu sabia seguro, mas o meu corpo subitamente tornou-se pesado e eu fui incapaz de me mexer. Como se ele me forçasse a encarar de uma vez por todas os medos e as palavras que não te quero dizer…

Adormeci. Tive pesadelos e quando acordei tinha a língua seca e áspera. Precisava de água. Melhor, precisava de uma bebida qualquer com um forte teor alcoolico pra ver se me tornava menos sóbria, menos controlada, menos controladora dos meus passos e acções. E porra, naquele momento até me sentia capaz de desafiar as leis e fumar um cigarro no espaço mais cheio de proibições do comboio. Não tinha nada a perder. Afinal se me levassem presa por uma noite, seria um alívio. Não teria que obedecer, contrariada, à vontade do corpo e procurar-te.

O dia começou mal, pensei ! Afinal tinha-me esquecido dos cigarros em casa, quando troquei a carteira e a bolsinha com meia dúzia de preservativos, do saco à tira-colo para a mochila… Bem, mais uma vez, involuntariamente, preservo a saúde dos pulmões e das artérias…

Já parámos algumas vezes, noutras cidades, entre a minha e a tua. O lago lá ao fundo saúda-me com um sorriso cínico. Tou farta das viagens, cansada de me ter perdido algures no cruzamento do acaso…

Chego ao destino.

Vejo-te à minha espera, ansioso. Desta vez trazes uma rosa na mão. Tu sabes que eu gosto de rosas… Continuo sentada e tu pareces ter um ar perdido e confuso. O telemóvel vibra. Pego na mochila, levanto-me… e mudo para o banco do lado, virada no sentido oposto ao que fiz a viagem. Dentro de 5 minutos o comboio inicia a viagem de regresso.

Não vou quebrar !

Olho o relógio, oiço o apito… não te procuro mas sei-te do lado de fora, no meio da multidão. No telemóvel as chamadas compulsivas que fazes vão subindo de número. Eu oiço a vibração, não vou atender…

A gravação dá as boas vindas aos passageiros. 3 línguas diferentes, para dizer a mesma coisa… É o que dá viver num país onde as línguas oficiais são 4…

Encosto-me, descontraio, sorrio… e adormeço


Eufemismos

Há males que parecem ser altamente contagiosos!


Uns queixam-se de falta de inspiração, outros escrevem, sem se aperceberem que não despejam nada de jeito e que ninguém está interessado em ler porcaria (o meu caso), outros vão copiar textos já gastos de tanta volta que deram e por isso são aborrecidos, por não contarem nada de novo. Mas felizmente ainda há quem traga para os blogs umas coisas interessantes e originais ;)

Andar com a cabeça em água faz destas coisas: suores nas mãos e pouca imaginação, ou então falta de perícia, para aproveitar uma qualquer palavra e iniciar algo minimamente aceitável para consumo.

Sei que mais dia, menos dia, vou ter uma daquelas urgências e não poderei adiar mais... É quase como querer fazer um chi-chi, e aguentar até a bexiga ficar prestes a explodir. A vontade vem de mansinho, e volta a ir embora. E até se fica fixe. O nervosinho por não se conseguir encontrar um local onde baixar as cuequinhas vai embora e a vida continua. Passado algum tempo, e porque se continua a beber águinha (pois, que rivella é só em dias muuuuito especiais), algo vem lembrar que a bexiga continua a encher, mas... tenta-se não pensar... e a vontade lá se recolhe. E anda-se nisto duas horas, até que já não se quer saber se alguém passa e repara naquela posição estranha, as calças na mão e a cara de parva (huh, aha, yes... que booooooom ). Despeja-se o que o corpo não quis, recompões-te e continuas. Até à próxima...

Pois é... tentar distrair a mente dá asneira. Na volta, como prémio, ainda ficam umas pinguinhas nas cuecas a lembrar que um dia, se os músculos não forem treinados, a incontinência pode ser uma realidade...

O que eu estou práqui a tentar despejar... é que nem sempre o que digo ou escrevo é exactamente aquilo que sinto e quero. Por vezes o que sai é apenas o que o coração não aproveita, porque não precisa. É o lixo... o resultado da depuração do que me faz viver...

E quando estou até às duas ou três da manhã, sem conseguir dormir porque preciso de escrever, porque os dedos procuram as teclas, ou desenham coisas estranhas numa folha de papel, o que sai, o que lá deixo, e muitas vezes apago, risco, recomeço... o que lá deixo... é infecção, hematúria, ureia...


(Quero!
Quero aquilo em que nos inventamos
Quero a dança dos sentidos embriagados em champanhe
Quero o que fica por dizer nas palavras que não nos atrevemos a pronunciar
Quero os passeios de mão dada, os abraços e os fins de tarde tranquilos
Quero os beijos com sabor a ti e com sabor a mim...
Quero a urgência com que falas e me remetes ao silêncio, pelo prazer de te ouvir
Quero o confronto!
Quero...)

"QUERO CURTIR SEM COMPROMISSO"

"Meia dúzia de fotos estratégicamente escolhidas, um nome e uma morada falsa, um objectivo: engate para uma noite de sexo, troca de corpo por corpo, prazer fugar e vazio!"

Parece que agora está muito na moda o curtir sem compromisso. Pois, eu sei que o tema já está gasto. Mas isto faz-me pensar...


 * Faz-me pensar ao estado de irresponsabilidade a que o ser humano chegou, para agir desculpabilizando-se, descartando-se das consequências dos seus actos.

 * Faz-me pensar ao ponto de isolamento a que nos obrigamos, por medo de viver, de sentir.

 * Faz-me pensar na inércia e na facilidade que é desistir de construir e alicercar relações.

 * Faz-me pensar na miséria a que nos sujeitamos quando entregamos um corpo sem entregar a alma, esperando receber qualquer coisa parecida com Amor...

E fico triste... :(

Coisas

De vez em quando o passado doi pelas coisas más. Outras... doi pelas coisas boas, pelas saudades, ou pelo tormento que é não saber porque é que alguns momentos se repetiram tão poucas vezes e outros demasiadas...
Queria ter a capacidade de conseguir entender o ser humano. Sei que isso começa pelo auto-conhecimento. Sei que o ser humano é complexo e indesdobrável, que cada um é diferente dos demais e que essa diferença não o faz nem melhor, nem pior que ninguém. Se eu voltasse a Portugal com uma mão cheia de dinheiro, sem que precisasse trabalhar durante uns tempos, iria ocupar o meu tempo a estudar Ciências Sociais. E nos tempos livres, faria voluntariado, só para estar perto, por dentro de realidades para as quais muitos de nós fechamos os olhos. (Quando acabar de escrever vou lá abaixo meter o Euroo Milhões. Nunca se sabe...)

Quando relembo o passado, ou quando acordo com ele na cabeça, como aconteceu hoje, nem sempre vejo um filme a desenrolar-se. Por vezes as histórias são contadas em fotografias (memória fotográfica). E depois fico assim, reflexiva...

O que leva o ser humano a degradar-se gratuitamente? A entregar-se a vícios, violência, a descuidar-se de si mesmo e da família? Será tudo um acto pensado, uma escolha ponderada ou é antes um desconhecer sobre outras opções? Como pode alguém seguir outro caminho, se não foi ensinado a explorar? Como mudar de posição e atitude, se sempre se conheceu de si e de outros, aquela que se tem? E frequentemente oiço as palavras doídas daquela mulher "Não sabe amar, porque nunca foi amado..." Tinha alguma verdade, mas... não era bem assim...


Será a falta de afectos e de opções na infância, o factor determinante para as nossas escolhas de adultos? O que nos transforma e aproxima ou afasta do exemplo que recebemos daqueles que nos criaram e nos deram bases para a vida?

Todas as verdades o são, se inseridas no contexto certo...

Eu?!?!? Não Obrigada!!!

Não há paciência para pessoa arrogantes, mau caracter, fingidas, ignorantes, mal educadas e convencidas!


Apre, que ele há com cada um!

Digam-me lá, o facto de não se ter conhecimento de algo, significa que isso não existe ou que seja mau ou até esquisito?

Mentalidades pequeninas! E depois ainda falam da mentalidade do povo português! Tenham dó de mim! Ignorância não tem a ver com naturalidade nem com nacionalidade. Tem antes a ver com o abandono a que cada um de nós se vota. Não chamo de ignorância o não se conhecer algo. Mas sim a reacção de ataque, a tentativa de transformar algo numa coisa má, só porque não se conheçe. Tenho um feeling que isto deve estar relacionado com educação... com preconceitos... com ideias mesquinhas concebidas para atrofiar o ser humano num mundo onde os horizontes são perto demais e ao alcance de um levantar de braços nada esforçado.
Agrrrrrr , já não tenho paciência para puxar atrelados!!!

Problema de Expressão

Queria dizer-te que... mas.. tenho um problema de expressão!


Sabes quando me pediste para cuidar das tuas flores? Quando me disseste, num abraço, que ficarias feliz se eu as trouxesse para minha casa e as fizesse minhas durante as tuas férias?

Adoro os teus Post It rectagulares e amarelos. Adoro quando deixas neles os recados onde me dizes bom dia e desenhas um smile feliz! Adoro quando me pedes desculpa, porque te entusiasmaste e não te apercebeste que escreveste demais Fazes-me sorrir, só porque me dizes obrigado e me tratas como igual. Lembro-me do dia que nos apresentaram. Ficaste nervoso e tiveste medo de olhar-me nos olhos. Perguntaste-me se queria um café e quando eu te disse que sim, tremias tanto que deixaste cair tudo, ali no meio da cozinha.

Não posso fazer as tuas orquídeas minhas. Nem sequer durante as férias! Sim, passo em tua casa. Dou-lhes água e às outras plantas também, sempre que precisarem. Mas não me peças pra as fazer minhas!

Caramba, afinal que espécie de homem ama assim tanto flores e plantas, se preocupa com elas da forma que tu preocupas, sem vergonha ou receio de o assumir? Surpreendes-me pela positiva. Sei que um dia, quando estiveres sentado na poltrona a contar histórias, elas serão sobre florestas encantadas, duendes e fadas. Sei que nunca vais deixar morrer o menino que ainda tens dentro de ti e que eu começo a amar, devagarinho...

Desconfio que gostes do que me lembrei de te oferecer, para te dar as boas vindas a casa ;)

Espelho de ti

Se fechar os olhos e ignorar o barulho dos carros lá fora... recuo no tempo e sou outra vez menina. E estou sentada nas escadas da entrada, rodeada de primos e vizinhos, numa qualquer noite de verão. Os grilos e as cigarras cantam, e os pirilampos são pontinhos de luz, ali mesmo à beira. Enquanto todos brincamos às escondidas, eu fujo sempre para o mato. Sou a miuda que gosta de se encostar às árvores e abraçá-las, que gosta de trepar por elas acima, e ficar a olhar o céu e imaginar que vive numa estrela...

Naquela altura eu ía apanhar pirilampos e usava saia. Uma rebelde de sorriso sempre pronto e olhos a brilhar... Porque é que já não há pirilampos, Ourives das Palavras? Terá o meu corpo crescido demais? Ainda sou menina e gosto de jogar à macaca, ao apanha, e às palavras. Tu também brincavas com elas? Passavas noites a inventar-te, na temperatura morna dos serões prolongados pra lá da meia noite?

Todo o tempo foi pouco...

Beijo o teu mundo,amando-o, porque se fez meu...

Não me queiras ganhar... Vestido para a batalha, nunca nos usufruiremos... Despe-te de ti e dos teus trunfos. Fica apenas essência. E voaremos, a dois...

911

Há dias em que a urgência de escrever me faz suar as mãos. Mas hoje não consigo esvaziar-me, para poder sentir diferente.


Hoje...
Hoje estou assim:


Flor colhida, roubada...
Mal amada,
Sedenta, perto de água...
Enrugada e encolhida sobre si.
E na beleza da sua morte
As cores que dão sorrisos aos lábios de quem a vê tão pequena

Estou assim... flor selvagem

O beijo

Quando a vertigem desce,
Quando fica no peito a aqueçer,
Sabendo a café e chocolate negro,
O beijo acontece.
E num momento tudo pára...
Para fazer rotação em sentido contrário.
Doce prisão, amarras de Mar
Voo livre e Liberto...
E dentro de um beijo,
Perdidos num abraço
O beijo acontece.
Suor e Desejo
Olhos fechados e Êxtase.
A noite tranforma-se em dia
E O beijo rende-se.
Perdemo-nos por uma noite
Adormecemos cansados
E O beijo sorri,
Para se dar e entregar de novo
Num pequeno almoço
De café, fruta e pão

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P.S. Era suposto haver uma foto a ilustrar, mas só teria sentido, se ela tivesse o nosso beijo...

Conversas da treta




Fui tomar café com um colega, hoje à tarde. Não me apetecia estar em casa, e mesmo apesar das dificuldades na comunicação, porque o inglês dele é  quase tão bom quanto o meu grego e eu italiano não falo, peguei na mala e lá fui eu ter com ele. E depois como há acessos de sinceridade cada vez que tomamos café (expresso italiano), achei que iria ser divertido conheçer o mundo onde quase nenhum homem deixa o sexo oposto entrar.

Bem... a conversa foi-se desenrolando, apesar de tudo. "Oh God, You are so naive", disse-me ele! E isto em forma de conclusão de uma conversa onde se falava sobre o significado de um beijo, sobre "one night stand" e sobre mentiras.
Então eu vou aqui escarrapachar o que os homens pensam e se isto não for verdade, os lesados façam o favor de se manifestar.

"A grande diferença entre homens e mulheres, é que um beijo é apenas um meio para conseguir o que todos os homens têm na cabeça - sexo. Não há sentimentos nem entrega. Se se quer levar uma mulher prá cama, temos que lhe contar mentiras doces, dizer-lhe que nos voltaremos a ver, falar-lhe em continuidade, fazê-la acreditar. Por acaso pensas que algum dia eu conseguiria atingir o meu objectivo se dissesse a uma rapariga que adorava passar uma noite com ela, que adoraria ter sexo com ela?"

Eu lá lhe dizia que não é certo usar mentiras e esquemas, que há sempre magoados. Que não há necessidade de criar uma ilusão, para depois ela se desfazer no ar. Afinal de contas, todos adoramos sexo. Concordo que não se chega à beira de ninguém e se dispara: "olha, és toda boa e eu quero comer-te". O que eu não entendo é porque se fala demais quando não se fala a verdade...

Porque é que precisa de se dizer a um engate de sábado à noite na discoteca que adorariamos voltar a estar com ela, e lhe pedimos o n° de telemóvel e depois o raio do tijolo fica em silêncio, sem nunca tocar?
Ok... claro que tem que se fazer um charme, conversa de circunstância, sorrisos... mas que raio!, não entendo porque ele me dizia que tinha que se mentir a uma mulher pra se conseguir ir prá cama com ela...

Mas depois disto, veio uma que me deixou aparvalhada. Ok, tudo bem que alguém não acredite em amor para sempre. Nem todos somos sonhadores e ainda somos em menor número os que acreditam que os sonhos se tornam reais se lutarmos por eles. Ele dizia-me assim:

"Sabes, temos que fazer uma mulher acreditar que haverá continuidade, porque depois de uma noite de sexo, se a coisa correr bem, até que poderemos voltar a sair e se por acaso me apaixonar, então aí já não lhe teria mentido"

Pronto e tá a coisa resumida. Eu não quero acreditar que isto seja mesmo como ele pintou, mas... agora espero que alguém se pronuncie, porque eu... estou de boca aberta!

E mais não digo!

Magy

03 de Julho

Desfeita
Esmigalhada
Devorada
Abaixo de mim mesma...

Vazio que me engole o peito

Vou apanhar-me
Curar-me
Esquecer-me
E abraçar-me

Seres de LuZ

Recebi uma mensagem na caixa de correio que termina assim:
"O caminho da sensibilidade extrema é o caminho dos anjos que descem à terra para fazer avançar as populações. E tu podes ser esse anjo. Simplesmente não te lembras."

E eu brinco e digo que os anjos não têm asas, mas sabem voar

E eu brinco e digo que os anjos não têm sexo, mas perdem-se em luxuria

E eu brinco e digo que os anjos têm olhares de LuZ e são puros, porque o pecado não existe

E eu brinco e digo que os anjos não têm lágrimas

E eu brinco e digo que não sou anjo. Tenho carne, tenho asas, asas feridas, e não consigo voar.Entrego-me ao prazer de quem consegue entrar em mim. Peco demasiado contra mim, e sou neve na pele e espada no olhar... Não poderia ser Anjo nem de mim mesma...

Tenho vícios estúpidos e gosto da dor. Por isso insisto em fazer tudo ao contrário do que me manda a racionalidade... Sigo quase cegamente o que me manda esta coisa que bate dentro de mim... E às vezes dou por mim a chorar convulsivamente. E depois fico mais leve que o meu corpo... e começo a rir... Rio desalmadamente, gosto do som das minhas gargalhadas. E sei que tudo vale a pena! Mesmo quando não entendo e grito e arranho paredes e bebo do meu suor. Vale sempre a pena sentir. Vale sempre a pena sentir-me e aprender-me neste treino.

Mas estou tão cansada... e continuo a procurar-te e a esperar-te. Sem ti não quero voltar a casa!

Pensei que te tinha encontrado... Vi-te! Sério que te vi no fundo daquele olhar...

Sabor de chuva

Por mais que não queira, fecho os olhos
Decidi render-me,
Depois da luta que me fez tão cansada...

As palavras que te inventei
Perderam o som e recusam-se a formar-se

Já não preciso delas amor

Percebi que nem do nosso olhar
Ou qualquer outro som preciso

Alimentei-me de mim
Envenenei-me com o meu veneno
E sobrevivi

E sinto!
Sinto-me...
Entrego-me levianamente
Ao sabor da minha carne,
Devoro-me com tempo
Só para doer um pouco mais...

As palavras?
Não preciso delas amor...
Leva-as contigo, não as tragas de volta...

Ah... Doces enganos com sabor de chuva

...

"39.


Não me deixes morrer. Dá-me um espaço eterno no teu corpo mortal. Não quero que venhas ter comigo, os mortos não se encontram, talvez andem todos por cá, nos buracos negros do tempo, a vigiar os vivos que não souberam amar até ao fim. Talvez só o amor não tenha fim -o amor sujo, magoado, vermelho e negro, o amor rasgado, miserável, humano. Sempre que quis amar a humanidade acabei sozinha e enfurecida, amando-me a mim somente - ou com pena de mim, o que é quase a mesma coisa. A pena faz parte do amor, aguenta-o sobre o tempo. Como um cravo vermelho, engelhado, esquecido. Em cada cravo seco se concentra o passado e o futuro de todos os cravos.

Eu gostava tanto de rugas - já viste a ironia? - não cheguei a tê-las. Tantas mulheres deitadas em macas, anestesiadas, acordando entrapadas e dormentes, oferecendo dias da sua tão curta vida à dorpara se libertarem das marcas das rugas -  e eu, que tanto amava as marcas da passgem do tempo sobre os corpos, que sonhava com as pregas futuras dos meus amantes, o cansaço dos seus corpos, a ferida aberta das almas à tono dos olhos, aqui estou, em sítio nenhum.
 
Posso ver a terra no longe das nuvens, mas já não experimento aquela tranquilidade azul das viagens de avião. As casas encolhiam debaixo das asas que me transportavam, os carros formigavam e as ambições humanas tornavam-se irrelevantes. Agora eu sou a asa, a pura pena - s só junto a ti, meu tão certo sexagenário, consigo repousar.
 
(...)"


Fazes-me Falta, de Inês Pedrosa

Futebol

Oh páh... isto faz-me confusão! Sério que faz! Como é que se bloqueia, se deixa de pensar quando numa televisão qualquer andam um monte de homens, vestidos com as cores de uma bandeira, atrás de uma bola, a tentar enfiá-la na baliza de lá?

E o pessoal junta-se, faz barulho ( PQP as vuvuzelas! "Haviam de se tolher as mãos a quem teve a porcaria da ideia" ( palavras da minha avó)), beijam-se, abraçam-se, bebem cerveja e falta-se ao trabalho! E depois gritam " é goloooooooooooooooooooo! Ganhámoooooooooooooooooooooooos!" Pois... sim... tá... HeY! Quem ganha é a equipa. Rios de dinheiro! Não é o país e muito menos os restantes cidadãos.

Por cá, parece que de cada vez que a Suiça ganhar um jogo, posso ir às compras e ter 10% de desconto. Isso até seria pra aproveitar, se eu não tivesse aversão a supermercados cheios de gente com febre consumista...no entanto, e no meio das coisas que não gosto, até tive uma ideia que pode dar muito bom resultado. As ruas animadas pela folia e loucura desenfreada e alucinada, podem ser um bom motivo para fotografar ;)

Olhem... para mim, bem mais interessante que a vitória ou derrota das equipas, é saber que há promessas de sol e calor a partir de quarta feira. Pois... estamos no Verão e os termómetros nos 13 graus :(

E agora vou pisgar-me, que a bateria do pc está a acabar!

Mas antes... ainda apetece Isto

Palavras não chegam

Beijos
Lábios
Braços
*Foto da Net
Pernas
Peito
E o teu cheiro

Movimento
Gemidos
Desejo
Olhares
Suor
E tu em mim

Sintonia
Dor
Prazer
Orgasmo
Perda
Inconsciência

E tu e eu, abraçados, adormecemos

Mariana

Fica-me o colo vazio cada vez que te vais...
Fica-me a falta do teu cheiro e do teu jeito...
Fica-me a falta do teu riso,
dos teus olhos que me pedem mimos,
das tuas mãos pequeninas que me chamam para te aconchegar...
Fica-me a falta da tua voz aguda
Das tuas canções que me enchem o coração
E do "Amo-te" que me dizes com a boca e o olhar...

Amo-te tanto Mariana
Obrigada por me teres escolhido, filha

Há dias lixados...

Era bem melhor que fumasse um maço inteiro de cigarros e que tudo se esvaísse, como o fumo, que mesmo deixando aquele cheiro desagradável na boca e no corpo, desaparece depois de um duche...

Sentidos

Sei porque gostas de me tocar
De sentir a minha pele
macia e quente
antes de nos entregarmos em doces devaneios
e ficarmos perdidos.

Sei porque gostas de me sentir
quanto Te toco o peito
como se fosse Sagrado
apenas por ser o Teu...

Sei porque gostas de Te aconchegar em mim
Naquelas noites em que não dormimos
E sorrimos para dentro,
em segredo...

Sei do Teu medo de olhar no meu olhar
E sei a razão que Tu ainda não entendes:
Um Pássaro tem asas,
mas precisa de Terra firme para poder descançar...

Perdoa-me se sou Mar...

Talvez um dia fiques e não voltes a partir...
No Mar também nascem ilhas...
de vez em quando...

Caminhos

Às vezes as palavras só atrapalham! Acontece muito aquilo que dizemos ser interpretado de forma diferente daquela que pretendemos ou sentimos. E acontece também darmos a nossa própria interpretação ao que ouvimos... Acho que o lugar aos erros e equívocos começa na desarmonia e dessintonia entre seres. Diferenças no grau de energia, na abertura e vontade de compreender. Sim, porque há que ter a vontade de entender e trabalhar nisso. Mas este é o meu ponto de vista e eu só falo do que se passa comigo...

Hoje até pareço o Nuno a pensar...

*Foto da Net

Antes sentia-me toda inchada e orgulhosa por manter a minha forma de pensar. Tão burrinha que eu era... Ao insistir nas minhas certezas e fechando-me a novas experiências e formas de adquirir conhecimento, estava a impedir-me de evoluir. Foi preciso fazer-me pequenina de novo. Foi preciso a vida fazer-me nascer, depois de nascida, para eu aprender que humildade não é uma palavra, mas um estado que deve ser cultivado. Dá trabalho ser humilde! Ah pois dá. Isto de ter acordado é bom :)! Quando olho para o meu passado vejo que desperdicei vida! Como é possível que eu não soubesse respirar e que nem sequer entendesse o que isso queria dizer?


Lembro-me de muito poucos momentos em que tivesse vivido realmente: Dois deles aconteceram na infância. E curiosamente, na companhia do meu pai.

Um dia de verão ( ou se calhar Primavera avançada), estavamos no alto de uma montanha. Naquela altura o fogo ainda não tinha passado por lá. E lembro-me do ar fresco daquela manhã. Do sol a reflectir-se no verde das agulhas dos pinheiros. Não sei se era por ser pequena (nem sequer sei que idade tinha, sei que foi antes dos 7 anos), mas os pinheiros pareciam enormes! Se calhar eram mesmo... Mas o que não esqueço é o som desse dia. O vento fresco a fazer música com os pinheiros! E lembro-me de sorrir quando um avião passou muito alto, no céu!
Outra memória, ainda mais antiga, foi uma ida aos míscaros. Eu sei que era muito pequena. Sei que foi antes dos 5 anos. Porque me lembro de depois a minha mãe os estar a preparar na cozinha da nossa primeira casa. Lembro-me do cheiro do musgo e do cheiro húmido dos castanheiros. E do som do rio a correr. E de um pinheiro manso. O maior que eu alguma vez tinha visto... Lembro-me do verde e do silêncio, cortado apenas pelo bater da água nas pedras e pelos pássaros. Posso estar completamente errada, mas tenho a sensação que não estaríamos muito longe do Natal.

Ainda ando longe do que pretendo : Ser perfeita! Sim:) Eu pretendo ser perfeita! E não quero com isto dizer que quero ser superior... Tenho trabalhado todos os dias, mas ainda há muito pra fazer... É como construir um grande edifício, que precisa sempre de manutenção.
Eu estou em construção... para encontrar a harmonia e sintonia com a minha essência. E a minha meta de perfeição é esta :)

Martelos, pregos e pontos de vista

Até que ponto martelar no mesmo assunto nos ajuda a entendê-lo melhor?
Martelar no mesmo prego só faz com que ele se enterre mais na parede...

Parece-me que a forma de entender começa por olhar as coisas de outro ponto de vista...

Porra, da próxima vez que eu tenha que pagar 1 franco pra mijar, trago o rolo de papel higiénico pra casa. E tenho dito!

Amante

Por vezes digo isto em tom de brincadeira, mas é a mais pura das verdades. Não vos quero chocar(ou se calhar quero, que o tempo urge e é hora de acordar...), mas tenho uma amante!

Desde muito cedo, somos ensinados a visualizar e associar algo mau à palavra. Mas se quisermos libertar-nos dos pré conceitos... analisemos a palavra. Amante, tem raiz na palavra Amor. E Amor é algo bom de se sentir. Pelo menos é pra mim, que entretanto também me apercebi que só é possível amar de coração livre, sem ter necessidade de se prender ou prender alguém. Mas voltando atrás, que a minha cabeça gira a uma velocidade estonteante e é-me muito fácil perder-me em qualquer outro cruzamento e seguir por lá.

Com a minha amante, faço coisas extraordinárias. O nosso primeiro encontro foi à uns meses atrás. E foi proporcionado pelo Miguel (Obrigada pelas coisas boas Miguel e também pelas más... ;) ). Senti logo uma vontade enorme de a conheçer, de a descobrir, de saber os seus segredos. Começamos a passar tempo juntas e hoje somos inseparáveis. Dos nossos passeios trazemos sorrisos, verde, azul, trazemos os sons, os cheiros, as emoções. E ela, grava os momentos para que eu jamais os esqueça. Ela faz-me focar no que realmente é importante. Ensinou-me a ver o que me rodeia de forma mais atenta, a maior parte das vezes, com um sorriso. É terapêutica. Cura-me quando alguma coisa corre mal. Distrai-me quando estou tensa... E hoje sou mais calma, aprendi a respirar e a ser mais paciente. E nunca me sinto desacompanhada, nos nossos passeios a duas.

Afinal o que se espera de um Amante? Amor!, certo? Eu sei que não é uma relação justa... Ela dá-me muito mais do que eu lhe dou a ela...

Também podia começar a falar dos outros amantes, com quem se trocam afectos...
Deixemo-nos de merdas e aprendamos a pensar e reflectir.
Quando eu tiver alguém, quero que seja meu amante. Não quero um marido, um namorado ou amigo colorido. Quero um amante! Sim...um Amante! Com quem possa dividir e partilhar uma vida e sentimentos. Com quem as coisas não tenham que correr mal porque nos deixámos levar pela rotina. Com quem seja doce o reencontro no final do dia. Um amante que não me tenha por bem adquirido e eu queira conquistar todos os dias. É... quero um amante! E tenho a certeza que todos quantos me lêem também querem um amante! Não sejam hipócritas, não me apontem o dedo... Apenas sou quem sou e como sou e tenho orgulho nisso! Temos muito mais a ganhar sendo sinceros connosco do que tentando camuflar as nossas verdades com mentiras para ficarmos bonitos aos olhos de quem nos critica.

Apresento-voa a ela, nos nossos momentos a duas:




Ao acordar

Andei durante meses a mentir-me... E compreendi agora que por mais que eu não queira, o velho ditado que diz que a verdade aparece sempre, é verdadeiro. Por vezes são precisos segundos apenas para se fazer Luz e se compreender o que antes se tentou, sem sucesso.
Sou feliz pelo e com o sentimento que nasceu e tenho no peito! E o resto... não tem grande importância :)... Eu não quero fazer planos... Eu não quero pensar no amanhã... Não quero pensar no que vai ser... Quero apenas ter a capacidade de aproveitar todos os momentos. De os saber sentir e respirar! E pela primeira vez... foi o que fiz! E caramba, o sorriso ainda dura, teimoso, nos meus lábios!

É... respirar verde e azul tem estas consequências em mim! Por isso gosto dos passeios no rio, quando há pouca gente. Vou-vos deixar com algumas fotografias, de um dos passeios, em dia de chuva :)
















Werdinsel


Com tanta vida à nossa volta, como podemos pensar que estamos sós?
Este foi o meu passeio de hoje...






















Sei-te e não gosto

Eu sei que vens e já te consegui ver.

Vou ter que me superar para ser ainda melhor.

Vou ser clara, directa e objectiva, porque esta é a linguagem que os humanos não entendem. Todos parecem precisar de adjectivos para caracterizar e quantificar sentimentos e situações. Eu vou reaprender a fazer tudo isso... Quero fazê-lo! Porque afinal também é boa ideia que de vez em quando eu desca um pouco e fique por cá. Prometo que vou tentar focar-me menos no que me rodeia: nos sons, nos cheiros, nas cores e na vida que acontece a todo o momento (mentira, não acredites!) Confesso: ando um pouco cansada, mas pela força ninguém me vençe...

Lamento, mas eu não posso alegrar-me com a mesquinhez de uma felicidade frágil, inventada e baseada em guião cinematográfico. ( Deixarei de lamentar quando todos perceberem que nasce dentro, cá dentro!)

"Entre bruxas, bruxedos e bruxarias..."

Ups, esta andou a martelar-me a cabeça o dia inteiro. Não sei o que quer dizer ainda, mas um dia vou lá chegar. É que nem sequer houve uma sequência, um remate, nada! Não surgiu mais nada! E eu tenho um pouco de problema com coisas inacabadas: não me saiem da cabeça...

As frases de hoje...

Houve um tempo em que te soube completamente feliz ao meu lado; Hoje duvido que o voltes a ser verdadeiramente, longe de mim!
..............................................

Vou-te dar tudo aquilo que pensas precisar de mim e no final... o golpe de misericórdia!
...............................................

Entre jogos e ilusões: a vida real...

13 de Abril 2010

Impressiona-me o horror na cara e na voz das pessoas quando se fala em violação. Todos mostram uma cara de desaprovação e quase sofrimento por a integridade física de alguém ter sido tocada. Mas o que quase todos nós andamos a querer esconder são as outras violações, também elas graves, a que sujeitamos quem está perto de nós, mas como não são físicas, ninguém lhes atribui valor. Enfim, na verdade, só tem valor aquilo a que o damos...
Eu sinto-me violada quando desrespeitam quem sou e tentam moldar-me à imagem do que querem que eu seja. Sinto-me violada cada vez que tentam invadir-me e roubar-me energia.

Revolta-me que haja pessoas que usem traumas para se imobilizarem e esconderem a sua cobardia. Revolta-me a falta de coragem para mudar, o comodismo, a inércia... Aceito o cansaço e a falta de energia. Mas não as desculpas poídas e a falta de vontade!

Infusão

Daqui a dias vou voltar a estar deitada na maca, de braçinho ao léu, durante uma hora, à espera que o ferro entre no meu sangue e me traga o que me falta por os níveis estarem perigosamente baixos...

Não é a primeira vez. E nunca tive medo! Mas agora tenho... Um medo inexplicável do que já conheço... E não há uma razão lógica para o meu coração quase me saltar do peito quando penso nisso.

Há alguém que me consiga explicar tudo o que eu não entendo? Alguém que tenha as respostas para as minhas perguntas e calma para os meus medos?

Pôr de Sol

Quem me dera viver num planeta tão pequenino quanto o do Principezinho...

Estou triste... tão triste que seria capaz de ver o pôr do sol mais de 43 vezes. Mudaria de lugar até ficar cansada de me levantar e sentar e voltar a levantar e sentar.


Páscoa sem sentido

De que vale ter uma mesa bonita, com toalha branca, copos de cristal, belo talher, loiças delicadas e ovos pintados, juntarmo-nos, celebrarmos o consumismo, se ...o que importa e todos os dias, é celebrar o AMOR?...


Porque é que temos dias para celebrar a vida, se estamos vivos e essa é a nossa maior Dádiva?

Quando andava no colégio, lembro-me da Irmã Piedade nos ter contado uma história de um menino que cresceu sem que lhe tivessem falado de Deus. E todos ficaram espantados quando o ouviram falar Nele. Não é estranho. Pelo menos não o é para mim... As crianças são puras e conseguem ver o que os adultos já não querem ver. A Criação!

Estou cansada e acordei há muito pouco tempo...

Porque é que perdemos a simplicidade e nos cegamos voluntáriamente?
Fico sempre triste estes dias...

Porque é que ainda procuramos a Paz e Deus fora de nós? Ele está dentro! Dentro de nós! E está vivo... e é LUZ :)

Nua

Sinto-me completamente estúpida e derrotada...
Miserável, exposta, nua...

Dei-te tudo com a mesma facilidade com que dou o meu sorriso a quem se cruza comigo... Acreditei! Acreditei no que me deu tanto jeito acreditar! Queria tanto ficar no teu colo, aconchegada no teu amor, que me esqueci dos limites de velocidade, dos radares, e dos sinais de perigo! Em sexta velocidade e de acelerador a fundo, a mais de 1000 à hora, esbarrei-me numa parede de sonhos que nunca se tornariam reais.

Por favor, Amor... Diz-me que valeu a pena! Não consegues ver como me dói? És assim tão cruel?! És a doce mentira daquilo que gostavas de ser?

No fundo...nem quero saber... só te quero aqui, ao pé de mim... Não quero saber quantas vezes repetiste a mesma história! Conta-me apenas aquilo que quero ouvir e abraça-me!

Livros

"Ainda estou completamente apanhada pelo meu ex-namorado, e mesmo que me envolva contigo, se ele entrar por aquela porta um dia destes, e disser que quer voltar, tu eclipsas-te à velocidade da luz, percebes?"  Alma de Pássaro, Margarida Rebelo Pinto
 
"Quem nunca abraçou uma árvore ou conversou com uma flor nunca foi digno das dádivas da natureza! Não sejam insensíveis! Aprendam a amar quem tanto lhes dá!" Saga de um Pensador, Augusto Cury
 
"Escapas-me.. a pouco e pouco perdi-te." Lições do Abismo, Daniel Sampaio
 
"Deve ser isto gostar muito de uma pessoa. Querer sem interferir, desejar sem possuir amar sem exigir." Não há Coincidências, Margarida Rebelo Pinto

"Eu só queria ver de que material era feito o teu amor por mim. Precisava escangalhar o teu coração para o fazer encaixar no meu.(...)Sem o teu coração não consigo amar - não me abandones outra vez." Fazes-me Falta, Inês Pedrosa

"Gostei tanto de te ter encontrado, não me deixes agora... Não me deixes à beira do poço (...) Não me acordes agora, nem me fales alto antes de me falares ao ouvido, não me tragas de volta do deserto." No Teu Deserto, Miguel Sousa Tavares

Ainda e sempre...

Sabes, tenho saudades tuas...
Saudades de cada momento partilhado e de todos os outros que não vivemos juntos...

Dia após dia, olho as cartas que te escrevi e nunca te enviei...

No fundo,sei todas as respostas, mas não quero ouvi-las em palavras pronunciadas por ti. Não! Ainda é cedo pra te deixar partir de mim. Ainda é doce ter-te como meu prisioneiro... Ainda me sabe a mel esperar por ti, mesmo sabendo que nunca virás...

É sempre mais difícil fazer o luto de alguém de quem não nos despedimos...

Primavera in Anticipo

Já cheira e sabe a Primavera. As janelas de casa ficam abertas durante o dia, os vidros são limpos, a varanda arrumada...

Vai saber tão bem voltar a ver os dias crescer e passar os serões lá fora :)

E estou a cantar

Lapa dos Dinheiros

A minha Terra
cheira a terra molhada
quando cai chuva
num dia de Verão
e cheira a nevoeiro
nas tardes e noites de Inverno
quando a lareira está acesa
e nos juntamos à volta dela
Cheira a gente
a conversas na soleira
a afectos, sorrisos
e brincadeiras de rua
Cheira a fruta e flores
a jardins e quintais
à água das nascentes
a ar leve e limpo
Cheira a mundo
a verde e a descobertas
Cheira a momentos
que ficarão para sempre em mim

Pessoas da minha vida

Lentamente começo a sentir a realidade do que muitas vezes o "Pássaro Azul" me descreveu...

As mudanças, embora necessárias, são por vezes algo dolorosas e desconfortáveis.

Não me estou a queixar. Como já disse algumas vezes, ao escrever consigo uma reflexão e instrospeção não forçada que acaba por me trazer luz e soluções.

Tento organizar-me e estabelecer objectivos e metas. Hoje, embora ainda haja bastante névoa a não deixar perceber o caminho de forma totalmente clara, sei por onde não quero ir e os erros que não quero voltar a cometer. Sei como e quem sou. Mas por vezes... falta-me a energia para pôr certos projectos a andar e cumprir o meu papel...

Um deles, que anda a girar desde que comecei a escrever, com 13 anos, é o LIVRO. Sim, é pra preparar até ao final do ano. Estão reunidos alguns dos poemas que fui escrevendo e vai ser ilustrado com algumas fotografias. Obrigada Manuel pelos links que ainda não explorei como deve ser. Não foi falta de tempo... foi mesmo falta de energia :( Preciso pedir-vos que me incentivem. Que acreditem em mim. Sem voçês tenho a certeza que tudo vai continuar arrumado na pen e não vai chegar às vossas mãos em 2011!

Quando era miuda, lembro-me de dizer à minha mãe que iria realizar o sonho que ela foi forçada a deixar para trás. Ela queria ser enfermeira. Mas...não aconteceu! Eu continuo a tentar encontrar um trabalho onde possa estar perto deste mundo, onde os cuidados e os afectos são importantes para a recuperação de quem ficou doente. Não porque era o sonho dela. Mas porque é o que eu quero fazer agora. Porque sinto que é o que devo fazer agora. Porque sei que vou aprender mais sobre o ser humano e o que é ser-se humano. Vamos ver o que acontece... :) Obrigada mãe pelo amor incondicional. Pelo colo, pela paciência, pela tua sabedoria e pelo teu exemplo.


A semana passada fui a uma entrevista de trabalho. Correu tudo bem, mas apesar disso a resposta foi negativa. Considerei aquela hora mais como uma conversa no psicólogo do que como uma venda de mim própria para conseguir um bom ordenado. Consegui ficar com as baterias da minha autoestima recarregadas! Afinal... andamos todos atrás do ordenado que nos dará alguma estabilidade e deixamos para trás os nossos sonhos. O meu...precisa de muito dinheiro para se tornal real. Quero a minha Biblioteca com actividades (terá a tua "Hora do Lobo", querida Sónia), e o restaurante com bar e lojinha onde se poderão comprar os doces, compotas e sirups feitos pela minha mãe e alguns produtos biológicos da zona. Pessoal, comecem a dar sugestões para a chave do euro milhões ;) O sonho tem um local para se tornal real: a minha aldeia...


Obrigada Nuno pelas coisas que não te apercebeste que me ensinaste. Agora sei que a paz nasce dentro de cada um. Não se procura na rua nem depende dos outros. Hei-de amar sempre a tua recordação e as coisas boas :)


E pronto! Agora vou deitar comida aos peixes.
Até...

Seres estranhos

Mais uma vez com necessidade de escrever... Talvez o melhor fosse arranjar um diário à moda antiga, com folhas de papel reciclado castanhas e pegar na minha caneta de tinta permanente. Mas depois não sai nada. As folhas continuam vazias, à espera. Tal como eu fico à espera...um dia, outro e outro... À espera que as palavras se juntem e façam sentido. À espera que elas ganhem som. À espera de coragem para lhes dar forma...

Hoje lembrei-me de um tema sobre o qual reflecti um dia com um amigo.

Pergunta: "Porque é que os homens fingem orgasmos?"
Resposta: "Pela mesma razão que as mulheres o fazem!"
Pergunta: "Mas não se nota?"
Resposta: "Claro que sim! Mas é mais fácil fingir que se acredita..."

A conclusão que eu tiro é que somos mesmo seres estranhos. Normalmente temos medo de nós próprios, de nos ouvirmos ou assumirmos quem somos. Acontece que os medos acabam por nos impedir de nos encontrarmos; encontrarmos o nosso caminho, sermos felizes e seres completos. Não apenas temos medo de nós próprios, como também temos medo dos outros... Qualquer dia acabamos todos isolados no nosso buraco, atrofiados e miseráveis! E isso é tão contra a nossa natureza...



Acordei assim, a cantar para ti. Sou feliz porque não sou vazia :)

I've got you under my skin

Energias

Estas ondas deixam-me doida...

Fico cansada e não é nada confortável sentir algo a apertar-me a garganta e a cabeça dormente. Fico com alguma dificuldade em respirar e por instantes parece que os olhos vão sair do lugar, ou rebentar com a pressão. E depois o mau estar geral... esta nausea...o nervoso miudinho...

Sei que tem que acontecer, mas estou tão cansada...preciso de uma pausa. Preciso que o processo desacelere um pouco, tou no meu limite...

E à medida que escrevo vou percebendo as mensagens... Limite-evolução. E é aqui que tudo se transforma.

Mais uma vez, as respostas surgem no silêncio de uma reflexão não forçada. Sei que tudo é necessário e sou feliz

Frio

Não me lembro de um Março tão frio. Depois de já haver rebentos em algumas árvores, a 400m acima do nível do mar, eis que veio o vento gelado a soprar de leste. É uma hora da tarde e o termómetro está nos cinco graus negativos. A luz que se vê lá fora é baça e desconfortável. Hoje só consigo comparar a minha cidade a um deserto agreste e sem vida. O vento corta a pele...

Na varanda o espanta espíritos feito de bambu dança. Toca uma música nervosa e agitada, muito pouco calma e irritante. Os flocos de neve ora esvoaçam tranquilamente, ora se precipitam com violência contra o vidro da porta.


Estaria o dia perfeito para ficar na companhia de um chá de jasmim ou de rosas...

Óculos de Sol

Por vezes parece que o mergulho nunca mais acaba e o fundo não tem fim...
Lentamente tudo começa a fazer sentido e a juntar-se, como se as peças do puzzle fossem magnéticas e se encaixassem por si.

É uma forma estranha de aprender e evoluir... é uma forma estranha de compreender que afinal o coração tem sempre razão...

Mas estou cansada e não quero continuar a entender, a sonhar e a aprender. Quero parar por um bocadinho. Sentir-me pequenina, ficar enroscada sobre mim e sentir o cheiro que ainda tenho.

Fartei-me dos óculos de sol. Lamento pelos que lamentam, mas eu só conheço um caminho: o meu! E é o único que tenho como seguro

Varinha de condão

Sou menina de riso e choro fácil! Hoje comprovei o que já sabia, sem querer no fundo que isso fosse verdade: Mentiram-me descaradamente. E a raiva que veio com a certeza, soltou-me uma torrente de lágrimas.

Detesto que me mintam. E o sr. M voltou a fazê-lo mais uma vez. O que eu não entendo é a necessidade que ele tem de o fazer, porque afinal, nunca lhe pedi explicações, nem sequer as desejo. Mas dizer-me que não pode comparecer a um compromisso por trabalho e depois isso não ser verdade... Hello? Eu não fiz perguntas! Bastaria dizer: "Não posso".
Pois, eu sei, ele anda a ver se me consegue passar um atestado de estupidez. E depois dá-me vontade de rir à gargalhada por ver as misérias de quem se julga muito acima de todos.

Mas adiante

Durante uns 10 minutos, ouvi as notícias do jornal da tarde, na tvi. Pois, eu que já me fartei de ver notícias, por só se falar em disparates, senti uma certa nostalgia e quis saber como andavam as coisas no meu Portugal ( Esta é a explicação pra eu não saber o que se passa de catastrófico pelo mundo fora hihihi ). Passou uma reportagem sobre o tempo na Madeira e os danos provocados pelas sucessivas tempestades. Não vou falar  do que penso em relação às habitações demasiado perto do mar, nem no que se devia fazer pra previnir situações como as que ocorreram. Deixo isso para os críticos e pra quem ainda gosta de perder tempo a tentar ser ouvido. O que eu não consigo entender, e já tenho 29 anos é:

Porque raios o Homem se queixa sempre do tempo que faz?

Se faz frio e chove no Inverno queixam-se do tempo que é normal para a época. Esquecem-se talvez que sem frio ou chuva, não há renovação de vida e dos lençóis de água. Depois no verão, queixam-se das temperaturas elevadas, que aumentam o risco de incêndio. Mas se chove, é o cabo dos trabalhos, porque a chuva estraga os dias na praia, o comércio e o turismo. A mim, sabe-me mesmo bem a chuva no verão. A água quente que cai do céu, as descargas que vêm numa trovoada, o cheiro da terra a escaldar a ficar molhada... Sabe-me bem ficar com a roupa colada, e dançar, rodopiar de braços abertos, a cantar. Sim, costumo fazê-lo! Mesmo no meio da cidade. Não me importo do que pensam. Eu aprendi a gozar as coisas boas que a Natureza me dá, no momento em que mas dá.

A outra notícia, tinha a ver com um livro sobre o desaparecimento da Mady. Bem, farta de telenovelas anda o mundo inteiro. Não precisamamos que alimentem mais uma treta que só dá dinheiro a quem o tem e o rouba a quem não tem. Já chega, por favor!

Façam noticiários de jeito, em que vale a pena ficar 2 horas colado ao ecrã. Deêm-nos informação que valha a pena. Ensinem-nos algo de novo. Acho que era suposto a Tv ajudar a formar o pensamento de um povo, alterar hábitos, ensinar a pensar. Mas não... Como sempre, temos tudo à nosso disposição e escolhemos fazer tudo ao contrário, porque afinal, o espectáculo é ver o ridículo de um povo a afundar-se na sua mesquinhês...

E por hoje já falei demais, porque até nem é meu hábito andar práqui a criticar e a dar opiniões. Mas enfim... conseguiram abalar a minha calma e tiraram-me do canto onde costumo estar e olha... deu nisto!

Nota final: Começa a cheirar a Primavera. As temperaturas já não são negativas e ao final do dia o sol veio fazer uma visita. O branco desapareceu,  e as árvores estão mesmo naquele ponto antes de começarem a rebentar. Amanhã vou até àquele paraíso onde gosto de me perder pra guardar momentos em fotografias.

Boa noite

Post Scriptum: Amo-te Nuno

Sonhos

Ventos ciclónicos, tornados...
Sempre vindos do nada.
Deixam destruição e mudança por onde passam.

Destruição e Mudança = oportunidade para recomeçar, para fazer melhor, para aprender

Preciso entender o tanto que se passa à minha volta. Sinto-me protegida, como se estivesse numa redoma, mas o ser bombardeada por informações, sentimentos e presentimentos cansa-me tanto...

*Foto da Net

Tornados, Furacões e Tufões


A origem dos ciclones é ainda um mistério para os cientistas. Ninguém sabe direito como se formam essas monstruosas colunas, que carregam uma energia equivalente a de uma bomba atômica de 20 quilotons. É uma grande massa de ar que executa um movimento giratório muito rápido, mudando muito depressa de lugar na superfície da Terra, igual a Terra que gira ao redor do Sol, sem parar de girar ao redor dele. Quando isso ocorre, o mar pode ser violentamente perturbado. Algumas vezes, na região que gira ,fica com muito pouco ar, e o tornado gira como se fosse uma coluna oca. Então a água situada abaixo é sugada e passa a ocupar o espaço quase vazio que existe dentro da coluna, formando-se assim a tromba marinha ou tornado.

O tornado é uma coluna ondulante de nuvens, com diâmetro de menos de 2km, que se desloca a uma velocidade de 30km/h a 60km/h. Ele ocorre com a chegada de frentes frias, em regiões onde o ar está mais quente e instável. Estima-se que a velocidade do vento dentro do funil possa atingir 450km/h ( o cálculo por meio de instrumentos é inviável, porque eles são destruídos pela força da tempestade ). Os tornados são os mais destruidores de todas as perturbações atmosféricas, mas a área afetada por eles é limitada. Os tornados mais intensos costumam acontecer no centro-oeste dos Estados Unidos e na Austrália.

Formação de um tornado:

1- Antes do desenvolvimento da tempestade, uma mudança na direção do vento e um aumento da velocidade com a altura criam uma tendência de rotação horizontal na baixa atmosfera. Essa mudança na direção e velocidade do vento é chamada de cisalhamento do vento.
2- Ar ascendente da baixa atmosfera entra na tempestade inclinada e o ar em rotação da posição horizontal muda para a posição vertical.

3- Então há a formação de uma área de rotação com comprimento de 4-6 km, que corresponde a quase toda extensão da tempestade. A maioria das tempestades fortes e violentas são formadas nestas áreas de extensa rotação.

4- A base da nuvem e sua área de rotação são conhecidas como wall cloud. Esta área é geralmente sem chuva.


A palavra tornado veio da palavra espanhola Tornada, que significa tempestade. Um tornado sobre a água é denominado tromba d'água. Tornados geralmente tem um tempo de vida de alguns minutos e raramente duram mais do que uma hora. Tornados são ventos ciclônicos que giram com uma velocidade muito grande em volta de um centro de baixa pressão. São menores que os furacões e seu tempo de vida também. Um tornado pode ter uma largura tanto menor do que 30 metros, quanto maior do que 2,5km. Os menores tornados são denominados mínimos e os maiores de máximos. Um mínimo irá durar não mais do que alguns minutos, deslocar-se um quilômetro e meio e ter ventos com velocidade de 160km/h. Um máximo pode deslocar-se 320km ou mais, durar até 3 horas e ter ventos com velocidade superior a 400km/h.

O tornado percorre um caminho muito irregular. Quando o funil toca o solo, ele pode mover-se em linha reta ou descrever um trajeto sinuoso. Ele pode até duplicar-se, pular lugares ou formar vários funis. A maioria dos tornados do Hemisfério Norte deslocam-se do sudoeste para o nordeste e possuem rotação em sentido anti-horário. No Hemisfério Sul, os tornados possuem rotação horária.
Assim como os terremotos possuem a Escala Richter para medir sua intensidade, os tornados possuem a "Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale", ou seja uma escala usada pelos meteorologistas para medir a intensidade dos ventos de um tornado. Essa escala foi nomeada em homenagem aos dois homens que a desenvolveram: Dr. Theodore Fujita e Allan Pearson, diretores do Centro de Previsão de Tempo de Kansas City, nos EUA.

A Escala Fujita (mais comum denominada assim) está representada na tabela abaixo:

Classificação Velocidade do Vento(km/h) Danos

F0 ate 110 Leve

F1 111-180 Moderado

F2 181-250 Considerável

F3 251-330 Severo

F4 331-420 Devastador

F5 421-510 Inacreditável

F6 511-610 Fora de Série



O furacão é uma tempestade que se forma nas áreas tropicais, sobre os oceanos, provocando ventos de até 300Km/h. Normalmente, possui entre 450Km e 650Km de diâmetros e a distribuição do vento e das nuvens ao seu redor é igual. Em seu centro, conhecido por "olho da tempestade", em que predominam as baixas pressões, não há chuva, os ventos são brandos e o céu é praticamente limpo. Essa tempestade é chamada de Furacão quando ocorre no oceano Atlântico e de Tufão, quando acontece no pacífico.

Os termos furacão e tufão são nomes regionais para intensos ciclones tropicais, sendo este último um termo genérico para um centro de baixa pressão não-frontal de escala sinótica sobre águas tropicais ou subtropicais com convecção organizada(por exemplo, tempestades) e intensa circulação ciclônica à superfície.

Ocorrência ciclogênese tropical devido a esses fatores:

1. Águas oceânicas quentes(pelo menos 26,5°C) em uma camada suficientemente profunda, cuja profundidade não se sabe ao certo mas deve ser pelo menos da ordem de 50m. Essas águas quentes alimentarão a engrenagem térmica do ciclone tropical.

2. Uma atmosfera que se resfrie rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável à convecção úmida, sendo essa atividade convectiva responsável pela liberação do calor armazenado nas águas para o interior do ciclone.

3. Camadas relativamente úmidas perto da média troposfera (5km). Níveis médios secos não conduzem ao contínuo desenvolvimento de atividade convectiva em uma vasta área.

4. Uma distância mínima de pelo menos 500km da linha do Equador. Para ocorrer ciclogênese tropical, há o requisito de uma Força de Coriolis não desprezível para que o centro de baixa do distúrbio seja mantido.

5. Um distúrbio pré-existente próximo à superfície com vorticidade e convergência suficientes. Ciclones tropicais não podem desenvolver-se espontaneamente, pois necessitam de um sistema levemente organizado com rotação considerável e influxo nos baixos níveis.

6. Valores baixos de cisalhamento vertical de vento entre a superfície e a alta troposfera. Valores altos de cisalhamento desfavorecem ciclones tropicais incipientes e podem prevenir sua origem ou, no caso de um ciclone já formado, pode enfraquecê-lo ou até mesmo destruí-lo dada sua interferência com a organização convectiva em torno do centro do ciclone.



Os ciclones tropicais são regionalmente denominados da seguinte forma:

* furacões - no Oceano Atlântico Norte, Oceano Pacífico Nordeste a leste da linha internacional da data e no Oceano Pacífico Sul a leste da longitude 160°E;

* tufões - no Oceano Pacífico Noroeste a oeste da linha internacional da data;

* ciclone tropical severo - no Oceano Pacífico Sudoeste a oeste da longitude 160°E e no Oceano Índico Sudeste a leste da longitude 90°E;

* tempestade ciclônica severa - no Oceano Índico Norte;

* ciclone tropical - no Oceano Índico Sudoeste.

Um centro de baixa pressão não-frontal passa por vários estágios até atingir a condição de furacão, sendo classificados de acordo com o vento sustentável de superfície:

* máximo até 17 m/s - depressões tropicais;

* máximo entre 18 e 32 m/s - tempestade tropical;

* máximo acima de 33 m/s - furacões, tufões...


DIFERENÇA ENTRE FURACÕES E TORNADOS

Embora ambos sejam vórtices atmosféricos, eles tem muito pouco em comum. Tornados tem diâmetros de centenas de metros e são produzidos por uma única tempestade convectiva. Por outro lado, ciclones tropicais tem diâmetros da ordem de centenas de quilômetros, sendo comparável a dezenas de tempestades convectivas. Além disso, enquanto tornados requerem um forte cisalhamento vertical do vento para sua formação, ciclones tropicais requerem valores baixos de cisalhamento vertical para se formar e crescer.

Os tornados são fenômenos primariamente continentais, de modo que o aquecimento solar sobre o continente usualmente contribui favoravelmente para o desenvolvimento da tempestade que dá início ao tornado (embora também existam tornados sobre o mar, que são chamados de trombas d'água).
Em contraste, ciclones tropicais são fenômenos puramente oceânicos que morrem sobre o continente devido à quebra no suprimento de umidade. Seu ciclo de vida é de alguns dias, enquanto que o ciclo de vida de um tornado é tipicamente alguns minutos.

* Um ponto interessante é que quando um ciclone tropical está sobre o continente seus ventos de superfície decaem mais fortemente com a altura promovendo, assim, forte cisalhamento vertical do vento que permite a formação de tornados.
Fonte: http://www.bodas.hpg.ig.com.br/Viagens/1/index_hpg.html