Há males que parecem ser altamente contagiosos!
Uns queixam-se de falta de inspiração, outros escrevem, sem se aperceberem que não despejam nada de jeito e que ninguém está interessado em ler porcaria (o meu caso), outros vão copiar textos já gastos de tanta volta que deram e por isso são aborrecidos, por não contarem nada de novo. Mas felizmente ainda há quem traga para os blogs umas coisas interessantes e originais ;)
Andar com a cabeça em água faz destas coisas: suores nas mãos e pouca imaginação, ou então falta de perícia, para aproveitar uma qualquer palavra e iniciar algo minimamente aceitável para consumo.
Sei que mais dia, menos dia, vou ter uma daquelas urgências e não poderei adiar mais... É quase como querer fazer um chi-chi, e aguentar até a bexiga ficar prestes a explodir. A vontade vem de mansinho, e volta a ir embora. E até se fica fixe. O nervosinho por não se conseguir encontrar um local onde baixar as cuequinhas vai embora e a vida continua. Passado algum tempo, e porque se continua a beber águinha (pois, que rivella é só em dias muuuuito especiais), algo vem lembrar que a bexiga continua a encher, mas... tenta-se não pensar... e a vontade lá se recolhe. E anda-se nisto duas horas, até que já não se quer saber se alguém passa e repara naquela posição estranha, as calças na mão e a cara de parva (huh, aha, yes... que booooooom ). Despeja-se o que o corpo não quis, recompões-te e continuas. Até à próxima...
Pois é... tentar distrair a mente dá asneira. Na volta, como prémio, ainda ficam umas pinguinhas nas cuecas a lembrar que um dia, se os músculos não forem treinados, a incontinência pode ser uma realidade...
O que eu estou práqui a tentar despejar... é que nem sempre o que digo ou escrevo é exactamente aquilo que sinto e quero. Por vezes o que sai é apenas o que o coração não aproveita, porque não precisa. É o lixo... o resultado da depuração do que me faz viver...
E quando estou até às duas ou três da manhã, sem conseguir dormir porque preciso de escrever, porque os dedos procuram as teclas, ou desenham coisas estranhas numa folha de papel, o que sai, o que lá deixo, e muitas vezes apago, risco, recomeço... o que lá deixo... é infecção, hematúria, ureia...
(Quero!
Quero aquilo em que nos inventamos
Quero a dança dos sentidos embriagados em champanhe
Quero o que fica por dizer nas palavras que não nos atrevemos a pronunciar
Quero os passeios de mão dada, os abraços e os fins de tarde tranquilos
Quero os beijos com sabor a ti e com sabor a mim...
Quero a urgência com que falas e me remetes ao silêncio, pelo prazer de te ouvir
Quero o confronto!
Quero...)
Sou...

- Rosa Oliveira
- Zürich, Zürich, Switzerland
- Irrequieta. Curiosa. Criativa. Apaixonada. Versátil. Nasci quando as estrelas se juntaram para me ditarem no destino a Arte. Deveria estar frio... mas eu não me lembro. Escrevo desde que aprendi a fazê-lo. Umas vezes para me divertir, outras por desafio a mim mesma, outras porque as mãos me suam, implorando que o faça. Talvez um dia dê ouvidos aos meus amigos e faça por escrever um livro e o publique. Os textos e fotografias deste blog são da minha autoria, salvo aqueles que estão assinalados em contrário.
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