Vês este corpo?
Vês este olhar?...
Sou prisioneira...
Prisioneira de um amor feito carne e sangue.
Prisioneira das cicatrizes e dos remédios milagrosos
que me mantêm num delírio quase sóbrio e me igualam ao resto.
Olha para mim...
Se eu me rasgar a partir de dentro,
se me abrir e fizer água,
vais estar ali para aplaudir e rir,
para me amparar na queda,
para me remendar as asas?
Serás o Ourives ...
a trabalhar filigrana de prata,
para curar o desespero,
a sede e a ânsia?
Vês este corpo?
Olha para mim!!!OLHA PARA MIM!!!
Vês este corpo?
Carrega-te o peso, carrega-me o peso...
Nua, desde o primeiro dia, desde sempre!
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