Sou...

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Zürich, Zürich, Switzerland
Irrequieta. Curiosa. Criativa. Apaixonada. Versátil. Nasci quando as estrelas se juntaram para me ditarem no destino a Arte. Deveria estar frio... mas eu não me lembro. Escrevo desde que aprendi a fazê-lo. Umas vezes para me divertir, outras por desafio a mim mesma, outras porque as mãos me suam, implorando que o faça. Talvez um dia dê ouvidos aos meus amigos e faça por escrever um livro e o publique. Os textos e fotografias deste blog são da minha autoria, salvo aqueles que estão assinalados em contrário.

Guarda chuva

Há muitos anos atrás, quase há uma vida inteira, uma menina de 6 anos descia a rua principal da aldeia, de guarda chuva aberto, num dia quente, soalheiro e abafado de Verão. Passava pelos aldeões que riam dela e lhe perguntavam porque levava o chapéu de chuva aberto se não caía pinga de água. Ela respondia com um sorriso que a chuva não tardava e que como não conseguia abrir o chapéu sozinha, tinha pedido ajuda, porque sabia que não chegaria a casa antes que começasse a chover. Eles riam e abanavam a cabeça em jeito de gozo, depois encolhiam os ombros.
Uns metros mais abaixo, poucos minutos depois da conversa e dos risos trocistas, o céu começou a brilhar e a fazer barulho. Depois uma cortina de água espessa, apressada,escorrida,torrencial, violenta, veloz...

E a menina, debaixo do guarda chuva, sorria, completamente molhada e feliz.

Os velhos a partir desse dia deixaram de lhe atiçar os cães, de rir dela ou de a olhar no fundo dos seus olhos cor de Mar. Num lugar onde as lendas e histórias de lobisomens nascem, reconhece-se bem uma bruxa que comunica com a Natureza. E com as bruxas... ninguém quer nada!!

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